sábado, 12 de dezembro de 2009

De mãos dadas com Aldous Huxley

As portas da percepção se fecharam? Não vá tentar abri-las com mescalina. O Admirável Mundo Novo tem se mostrado abominável? Nada de pânico. Pega na mão de Aldous Huxley, vai passar...

Não fique pensando que você vai acertar sempre. Aldous Huxley me disse uma vez, numa dessas minhas caminhadas pelas frestas da incerteza, que “a constância é contrária à natureza, contrária à vida. As únicas pessoas completamente constantes são os mortos”. Rá!

Então, por que não dar a mão para Aldous Huxley? Sentar no sofá depois de uma marchinha psicótica com o Dr. Soup - ou simplesmente encarar aquela frase de orkut que explica tudo: “quando você realmente acredita que pode compensar sua falta de habilidade dobrando os seus esforços, não há limites para a cagada que você pode fazer”.

Mas nada de choro. Nada de velas. Nada disso. Tem uma musiquinha que diz que “no fim das contas a gente faz de conta que isso faz parte da vida ( lá lá lá) e que a gente tenta esquecer, mas todo mundo é uma ilha”.

E, por falar em Ilha, Aldous Huxley me ensinou outra em 1962.

"Cerca de um terço do sofrimento que devo suportar é inteiramente inevitável por ser inerente à própria condição humana. Representa o preço que todos temos que pagar pelo fato de sermos dotados de sensibilidade; embora sedentos de libertação, nos sujeitamos às leis naturais que nos obrigam a continuar caminhando (sem poder retroceder) através de um mundo inteiramente indiferente ao nosso bem-estar. Caminhando em direção à decrepitude e à certeza da morte. Os outros dois terços são confeccionados em casa e o Universo os considera inteiramente supérfluos".

E se é supérfluo, jooooga foooora, meu filho!

4 comentários:

Crônicas do Submundo disse...

ninguém é uma ilha...

.patrícia disse...

ninguém é quantos por cento da população mundial?

Rodrigo Mota disse...

incostante

iso lado de fora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.