terça-feira, 18 de novembro de 2008

Distâncias do mesmo lado

A solidão de um mundo estranho
Revela que nunca estivemos em cidades diferentes
Veja, amigo, o que restou desse coração
Sempre juntos estávamos, inconscientes

Agora, outra vez
Na mesma Universidade para loucos
Estamos juntos nesse movimento
De carros e pregos na parede
Tu choras por ser morto vivo?
E de quem chora morto por querer viver, o que dizer?

Não custa desvendar medos de lobos
Não impede de ser feliz a incerteza do homem
Embora a angustia tome peito da vida do incerto
É possível fechar os olhos e ver o coração observar...a gente por dentro.

Amigo distante, que não vê o que vejo por cá
Sempre estivemos juntos
Numa luta em que não há, de forma alguma, chance de vencer
É por ti que não desisto desse mundo
É pelos loucos, infames e puros homens
Que guardam na alma a incerteza da vida
Vida escondida atrás de um prato vazio roubado da Universidade dos loucos.

por: Patrícia Galelli (16/12/2006 - Do tempo que ainda não havia guarda-chuva)

3 comentários:

.patrícia disse...

há tempos não escrevo mais assim.
mas a luta continua.
beijos, davi.
saudades que não tem jeito.

André Tessaro Pelinser disse...

Gostei muito da temática, do significado. Eu só mudaria um pouco a musicalidade, para fluir mais.
De qualquer forma, quem manda nisso é o autor!

Lobo disse...

Lembro da época que escreveu esse texto, lá no teu site antigo...
Vez ou outra caminho por aqui pelo Mecânicos pra observar teu talento que, ainda hoje, me surpreende...

Se não lembra de mim, fui eu quem te pediu pra escrever 'Dois caminhos pra Asgard'...

Feliz aniversário atrasado, de um velho amigo...