
imagem: ah, estava por aí - pela internet
Poderia ser qualquer coisa que não fizesse da visão um recipiente disponível para ascos acomodados. Não, não sentiu nojo - não ontem. Mas um vestígio de câncer de pele logo agora que namora o deixa com uma convulsão inundada por uma ternura inquisitória – seus poros em ruínas do amor que ele ainda fosse demonstrar.
A visão é egoísta e míope. Ainda que alcance territórios predestinados, como os olhos do guardinha de um panóptico, é isso mesmo: Egoísta e míope. Um câncer de pele, logo agora que namora o deixa encharcado de carinho. Vulnerável. É difícil para um monstro de vísceras delineadas esta constatação. Vulnerável, pedinte, menosprezado, que vai morrer amanhã.
“Foi a tempo, graças a Deus”, ela disse com a mão levemente tocando a face esquerda do rosto dele, demarcando o território na noite anterior atentado pelo aparador de barbas. A moça era. E ele era indiferente. Sobre o menosprezo, os pedidos e a vulnerabilidade do amor dela que o cercava, ele passou a régua – fechou o caixa. Ela chorava, sempre. Tinha o coração azulado, de tanto açúcar. O problema é que só tinha coração. Azulado – de tão doce.
Poderia ser qualquer coisa que não fizesse da visão um recipiente. E não era. A ferida dava nojo. Deu ontem. E, ainda que se cure, que o pós-operatório não o deprima, reconstrua, plante pele de novo, ele sentirá nojo. Logo agora que namora uma menina com o coração azul de tão burra, a poeira do que sobrou das ruínas de seus poros faz ela inalar o amor que ele escondia na parede interna das vísceras delineadas. Logo agora que está encharcado de carinho, ela vai morrer amanhã.
A visão é egoísta e míope. Ainda que alcance territórios predestinados, como os olhos do guardinha de um panóptico, é isso mesmo: Egoísta e míope. Um câncer de pele, logo agora que namora o deixa encharcado de carinho. Vulnerável. É difícil para um monstro de vísceras delineadas esta constatação. Vulnerável, pedinte, menosprezado, que vai morrer amanhã.
“Foi a tempo, graças a Deus”, ela disse com a mão levemente tocando a face esquerda do rosto dele, demarcando o território na noite anterior atentado pelo aparador de barbas. A moça era. E ele era indiferente. Sobre o menosprezo, os pedidos e a vulnerabilidade do amor dela que o cercava, ele passou a régua – fechou o caixa. Ela chorava, sempre. Tinha o coração azulado, de tanto açúcar. O problema é que só tinha coração. Azulado – de tão doce.
Poderia ser qualquer coisa que não fizesse da visão um recipiente. E não era. A ferida dava nojo. Deu ontem. E, ainda que se cure, que o pós-operatório não o deprima, reconstrua, plante pele de novo, ele sentirá nojo. Logo agora que namora uma menina com o coração azul de tão burra, a poeira do que sobrou das ruínas de seus poros faz ela inalar o amor que ele escondia na parede interna das vísceras delineadas. Logo agora que está encharcado de carinho, ela vai morrer amanhã.
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