o que procurei no teu ponto negro?
- o tédio, que deveras
existia.
tédio que continuo vomitando,
sobre a cidade,
sobre o pássaro,
sobre a descrença
e a presença do teu desamor desatou
num só instante,
não cabe aqui,
não cabe em nada que existe,
pois nada existe.
como o amor que deveria ter causado,
sentido,
insistido.
Nem a insistência existe.
A verdade é a recusa,
o não feito,
o desfeito,
o caos
e
a lama.
teu ponto negro é um nó,
que se desfaz em minha liberdade.
que me arremessa numa paisagem amena,
de cores e findas dores.
Então me sepulto sem dor e acordado
no túmulo da tua boca.
.patrícia e Volmir M. G.
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