quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Clarice

Clarice morreu de overdose ontem. Ela não amava ninguém. Ela tinha uma tatuagem que dizia: "caixas de fósforo são valas comuns". Clarice me deixou em nervos. Ela pensou que me amava. E eu tenho uma tatuagem que diz: "spray de garganta brocha". Ela me deixou aqui, sem grana, sem família, sem anéis. Clarice morreu e eu fiquei olhando seu corpo perto do terminal. Eu fiquei querendo fazer uma tatuagem que dissesse: "indigentes morrem a toda hora".

Um comentário:

Crônicas do Submundo disse...

saudade do inverno...