Estou flertando com uma grávida. Ela é muito bonita. Olhos negríssimos, pele morena, cabelos longos e enrolados, estatura mediana, sardas no rosto, bunda grande. É estranho. Mesmo conhecidos meus, que são meio degenerados sexuais me condenaram: “se liga ô, a mina tá grávida”. É verdade, ela está grávida, mas não tem uma aureola na cabeça nem asinhas de anjo, mesmo se tivesse, se fizesse o meu tipo...Falo assim mas de vez em quando penso sobre isso, “será que é mancada?”, e o “marido/pai (do filho) dela?”, mas aí lembro, “foda-se, cobiço todas as mulheres, porque não cobiçaria uma grávida?”. O mesmo vale para as deficientes, se fizerem o meu tipo, me atrair por elas...por que não? Lembrei de uma tirinha do Allan Sieber que mostra como as mulheres mancas ou pernetas tem bunda grande. Concordo. “Que sórdido”, alguém pode pensar. Sordidez é sentir pena, isso sim. A compaixão na maioria dos casos é subestimação, atestado de impotência do outro.
A grávida faz aquele ar meio triste, olha de soslaio, meio cabisbaixa, sugere um sofrimento. Penso: “será que ela vai ser mais uma mãe solteira?”, “terá sido abandonada?”. “Ai ai ai, e se ela estiver procurando um pai pro filhinho desamparado dela?”. Sai fora, só quero dar uma boa transada e ainda sem preocupação com gravidez. Machista? Negativo! Sexista pode até ser.
Jamais assumiria aquele filho, nunca! Não tenho aquele romantismo paterno que impõe que filho tem que sair do meu esperma. Não teria nada contra casar com uma mulher que já é mãe e assumir seus filhos. Morei junto com uma prostituta por dois anos, cuidava dos meninos enquanto ela trabalhava, mas ela me decepcionou tanto ao se envolver afetivamente com um cliente que me senti traído: “transar com eles tudo bem, mas amá-los é sacanagem”.Até hoje não me recuperei, amava aquela quenga, éramos muito felizes. Eu cuidava da casa e das crianças, fazia comida (enquanto ela era comida), lavava as roupas, fazia compra. Maldita, se apaixonou por um cliente, parou de cobrar dele até. Como percebi? Ora, ela jurava de pés juntos que não gozava no trabalho (por mais que o trabalho dela fosse gozado e que gozassem dela e nela). Sempre voltava infeliz, de repente passou a chegar em casa pulando de alegria, ficou fria comigo sexualmente, já que dizia que comigo “fazia amor, no trabalho fazia sexo”, por mais que eu nunca tenha separado as duas coisas, porque o amor já estava feito, não precisava fazer, ainda mais com solavancos e penetração genital. Ela deu uma mancada incrível, recebi uma mensagem: 12/03/07 16:27 “negro de 1,90 m, abdome de tanquinho, braços e pernas torneadas e uma pegada incrível, como nunca senti. Hálito gostoso, pau enorme, gentil,rico e apaixonado. Acho que estou amando” Jó .Sem querer, mandou essa mensagem no meu celular, queria ter enviado para a Jô, uma puta amiga dela, mas empolgada com o negro, mandou pra mim, Jó, puto com a situação. Corno, traído pelo coração de uma meretriz. A conheci em trabalho. Me prestou serviços muito interessantes, como aqueles anunciados nos orelhões: “ Bruninha tesuda. 2X tudo. Anal giratório”. “Carol molhadinha. Ninfeta. Garganta profunda. Seios fartos. Bunda grande...”.
Ela morava com uma mulher. Eram casadas moralmente. O pai dos filhos dela abandonou-a (grávida) e a amiga instalou-se em sua casa. A grana era curta. Começou a prostituir-se, gostou. Ganhou dinheiro, me conheceu, expulsou a namorada, passei a morar com ela, dois anos depois...
Pode ser que carregue um trauma e esteja descontando minhas frustrações na grávida que pega o trem comigo, mas não assumiria o filho dela (e se de for gêmeos, trigêmeos...). Não me recompus ainda, acho que jamais vou esquecer a “cadela no cio”(apelido carinhoso).
Fico tergiversando sobre a condição de gestante dela, de certa forma até subestimando-a, mas de repente ela é uma devassa da melhor espécie que quando trepa fica tão alucinada que parece ter cheirado pó. O problema seriam as posições. Teria que ser só de costas. Isso não é nada, o problema seria o colostro, imagina eu chupando aqueles seios e vazando aquela secreção. Dizem que é vitamina, que faz muito bem pra saúde, do neném...
Ah grávida! Acho que estou me apaixonando por você. Faz tempo que não te vejo, acho que deve ter dado a luz e estar de de licença maternidade, estou com saudades. Espero que seu filho tenha saúde, que seja feliz...
Esses dias eu a vi. Estava feliz, sorria abraçada com um cara que eu conheço de vista, frequentador assíduo na Casa Roxa, Casa Amarela, Panelas Drink's e outros antros masculinos (nem tão masculinos assim) da minha cidade. Quando vi a grávida (ou melhor, ex-grávida) senti uma melancolia intensa, quase chorei. Tive vontade de lhe contar que tenho câncer e estou morrendo, que não tenho ninguém, que minha mãe está morta, que estou louco pra dar uma transada, que queria que tivessem compaixão por mim, que sou impotente, que tudo bem se ela me achasse incapaz, desde que eu pudesse deitar em seu colo macio de mãe e sentir a flacidez deliciosa de sua pele materna, desde que me desse um pouco de carinho e claro, muito sexo. Desde que ela me assumisse como seu filho e praticasse muito incesto comigo.
Por: Wagner Pereira de Almeida
2 comentários:
Wagner ameiiiii. Estou grávida e gostaria de ter você aqui comigo!
Tá, vai ver que eu quero substituir o lugar dessa grávida aí, mas ahhh, se se foda! Não sou nenhum anjinho desfilando de auréola por aí!
Que bom que gostou do texto.
Nunca achei mesmo que as grávidas são santinhas...rsrs
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