Descrever os objetos interiorizados ao longo dos sistemas do corpo se aventura pela generosa leveza de desdizer. Quando se dá conta que uma bexiga parece mais com o fígado do que com a bexiga que é bolsa de mijo e retenção do frio sugado por pés descalços, a gente se envereda numa complicada labuta com as palavras. A gente será todo crucificado pelos lingüistas que bordam, e enrolam todo a gente, com seus semióticos discursos de “des-simplificação”.
É só atentar que a palavra é essa mesmo. Não é que complicam a gente. Nas mais variadas tentativas e boas vontades que esparramamos na bibliografia dos mortos, é sempre o olho esquerdo que paga o fascínio da ignorância. Socados por frases errantes e labirintos hostis de sistemas explicativos, a gente que já é cego de nascença, fica caolho nas envergaduras do conhecimento que existe, e daí?
É só atentar que a palavra é essa mesmo. Não é que complicam a gente. Nas mais variadas tentativas e boas vontades que esparramamos na bibliografia dos mortos, é sempre o olho esquerdo que paga o fascínio da ignorância. Socados por frases errantes e labirintos hostis de sistemas explicativos, a gente que já é cego de nascença, fica caolho nas envergaduras do conhecimento que existe, e daí?
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