quarta-feira, 2 de julho de 2008

SEM HORAS

Eu poderia morrer a qualquer dia,
Sem que ninguém soubesse o meu nome
Ou viver deprimido, olhar para o espelho, me sentir um idiota...
Eu não amo, eu nem sei o que é isso.
Eu poderia cantar para qualquer um,
Ou marchar pela eternidade,
Mas não haveria nada além, como ruas sem nome são apenas ruas
Eu não amo, eu nem sei o que é isso.
Eu poderia me apaixonar por alguém,
Sentir seu corpo entre meus braços.
E dizer a profundidade do nosso carinho,
Doces mentiras pra manter necessidades
Eu não amo, não sei como é
Então eu vivo deitado nesse sofá
Me impregnando de terrorismos midiáticos
Vendo num comercial de cigarros
Como é fácil ser feliz
Mas eu não fumo
E nem quero o que quer que seja
E lutando pra esse muro cair,
Vejo que estou do lado errado
E vendo esse muro tombado
Sinto que continuo aprisionado
Segundo a noite, eu procuro um outro lado
Talvez numa dessas ruas sem nome,
Num pedaço de papel.
Segunda a noite, ou qualquer outro dia,
Num acidente de carros, colisões cotidianas.
"Segunda a noite" foi escrito há 8 anos...
houveram modificações,
mas na essência ou na falta dela, é isso aí

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