sexta-feira, 22 de junho de 2007

Ah, Tempestade



Queria chorar
(E venta)
Quem sabe me alivia essa angustia
Esse vazio sem sentido que sinto

Queria gritar
(E chove)
Quem sabe assim me livro da dor
Regada a ódio e amor
Uma mistura mórbida de sangue e mel

Queria sorrir
(Um estrondo)
Como forma de agradecimento
Não se compara esse sofrimento
Com esse tempo
Esse tempo que não passou
Não quero que passe

Ah tempestade
(Raios)
Creio não querer passar por outra
Chove e não agüentaria
Queria tanto e não consigo
Escuta-me
Arrasta tudo pelos ares
Leva-me


Tempestade
Queria passar
E passou

7 comentários:

Sâmia disse...

as tempestades, ainda que breves, têm seus efeitos lembrados eternamente...

Anônimo disse...

Muito fodido isso, filho...tanto pode-se pensar na devastação da tempestade, como na limpeza que esta trará...reconstruções.

Vi disse...

Que beleza de ventania....

Parabéns pelo estrondo que causa.

Ana Paula disse...

Nossa, que bonito...

.patrícia disse...

Ela é linda. A tua poesia tem olhos tristes, mas é linda. Linda.

Viviane disse...

Bonito isso, hein...E triste também.

Unknown disse...

Ah, tempestade, com toda essa tormenta,trouxe a nós um poeta.